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Reunião SPEF - CNAPEF e Universidades A.E.

Data e Horário:
11 de dezembro de 2024, 17:05.

Objetivo da Reunião:


Discutir as propostas de revisão das Aprendizagens Essenciais (AEs) de Educação Física, conforme solicitado pelo Ministério da Educação. Foi estabelecida uma duração prevista de 1h30 para o encontro.

Participantes:

  • Nuno Ferro (Coordenação da reunião e representante da SPEF)

  • Nuno Fialho (CNAPEF)

  • Fábio Flôres (Direção da SPEF e Universidade de Évora)

  • Luís Bom (Representante da Lusófona e autor dos Programas Nacionais de Educação Física)

  • Paula Queirós (Coordenadora de Mestrados da FADEUP)

  • Rui Araújo e Mariana Cunha (ISMAI)

  • Elsa Silva (Coimbra)

  • João Martins (FMH - UL)

  • Sara Santos (Representante da UTAD)

  • Ricardo Ferraz (UBI) não pode estar presente, mas enviou um documento síntese com os pontos essenciais.

Contextualização:


A reunião deu continuidade ao trabalho iniciado em 2016, quando houve o primeiro contacto para elaboração das Aprendizagens Essenciais. Desde então, as AEs têm passado por revisões e debates entre as associações profissionais e o Ministério da Educação.

O foco da revisão é:

  • Clarificar as orientações metodológicas.

  • Introduzir um nível avançado de aprendizagem.

  • Atualizar os conteúdos programáticos com novas modalidades.

  • Fortalecer a coerência entre as AEs e os Programas Nacionais.

Discussões Principais:

  1. Desafios na Implementação das AEs
    Foi enfatizada a importância de considerar as diferenças territoriais e de recursos entre escolas, destacando a relevância da flexibilidade curricular para atender às necessidades locais sem comprometer a coerência das aprendizagens.
    Problemas relacionados à falta de formação específica dos professores titulares no primeiro ciclo foram apontados como um entrave à qualidade do ensino, especialmente na Educação Física.

  2. Revisão dos Conteúdos e Introdução de Novas Modalidades
    Sugeriu-se a inclusão de novas modalidades, como ciclismo, futsal, surf, Ultimate Frisbee e Tech Ball, para refletir as demandas atuais das escolas e da sociedade.
    Foi proposta uma revisão da estrutura dos níveis de aprendizagem (introdutório, elementar e avançado), com maior consistência e atualização baseada em estudos recentes. Ressalvou-se que o nível avançado não deve limitar o potencial de aprendizagem dos alunos.

  3. Avaliação como Ferramenta de Aprendizagem
    Foi recomendado maior detalhamento sobre como realizar a avaliação formativa de forma eficaz. Notou-se a subjetividade como um desafio significativo, dada a falta de diretrizes claras.
    Indicou-se a necessidade de articular as áreas de extensão (conhecimentos, aptidão física e atividades físicas) para evitar inconsistências na avaliação.

  4. Papel das Instituições e Representações
    Criticou-se a falta de debates amplos e estruturados sobre as AEs e defendeu-se a criação de espaços regulares para discussões entre os profissionais da área. Sublinhou-se a necessidade de pressionar a tutela para assegurar melhores condições de educação física, preservando a autonomia dos professores e respeitando as particularidades de cada contexto educativo.
    Foi sugerida a inclusão de competências socioemocionais como parte integrante das aprendizagens, valorizando o desenvolvimento integral dos alunos.

Propostas Finais para a Revisão das AEs:

  • Inclusão de um nível avançado de aprendizagem.

  • Expansão das modalidades com desportos emergentes.

  • Clarificação das orientações metodológicas, especialmente na avaliação.

  • Revisão das condições de implementação no primeiro ciclo, visando solucionar lacunas na formação de professores.

Próximos Passos:

  • Consolidação das contribuições de todas as instituições participantes.

  • Finalização do documento de revisão para apresentação ao Ministério da Educação.

  • Promoção de mais debates e encontros para aprofundar as discussões sobre Educação Física e AEs, integrando novos agentes e abordagens.

Conclusão:


A reunião reforçou a importância de uma Educação Física adaptada às necessidades atuais, mantendo-se fiel aos seus princípios fundamentais. As contribuições levantadas constituem a base para uma revisão que equilibre flexibilidade, rigor e inclusão, promovendo o avanço da disciplina em Portugal.

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