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Relatório “Portugal a Brincar III 2024"

IV Conferência Estrelas & Ouriços, um estudo conduzido pelo Instituto Politécnico de Coimbra em parceria com o Instituto de Apoio à Criança e a Estrelas & Ouriços em 3 de outubro de 2024

Relatório “Portugal a Brincar III 2024"

No passado dia 3 de outubro, foi apresentado publicamente o relatório “Portugal a Brincar III 2024” na IV Conferência Estrelas & Ouriços, um estudo conduzido pelo Instituto Politécnico de Coimbra em parceria com o Instituto de Apoio à Criança e a Estrelas & Ouriços. Este relatório, que analisa os hábitos de brincar das crianças até aos 10 anos em Portugal, revela dados importantes sobre a evolução das práticas lúdicas desde 2018.

Principais Conclusões do Estudo
O estudo, que contou com a participação de 1145 famílias, destaca a importância do brincar no desenvolvimento infantil, com 46.9% dos inquiridos a afirmar que brincar estimula a imaginação e criatividade das crianças. No entanto, apenas 26.6% das crianças brincam entre 2 a 3 horas por dia, um valor que se mantém estável em relação aos estudos anteriores.

Desafios e Barreiras ao Brincar
Um dos principais desafios identificados é a falta de tempo e energia dos pais para brincar com os filhos, com 40.4% dos inquiridos a referir a elevada carga de trabalho como uma barreira significativa. Além disso, 28.2% apontam os horários incompatíveis como um obstáculo ao tempo de brincadeira.

Preferências e Locais de Brincadeira
As crianças preferem brincar em casa (72.1%), mas há um desejo crescente das famílias para que as crianças brinquem mais em espaços públicos ao ar livre, com 60.7% dos inquiridos a considerar este o local ideal para brincar. As brincadeiras faz-de-conta (26.5%) e de construção (19.8%) são as preferidas das crianças, enquanto os pais optam por jogos de tabuleiro (22.3%) e atividades de construção (21.6%).

Tecnologia e Brincar
O uso de tecnologias nas brincadeiras das crianças continua a ser significativo, com 53.8% das crianças a utilizarem smartphones ou tablets para jogar. No entanto, há uma tendência de aumento no número de crianças que possuem apenas brinquedos não eletrónicos, passando de 16.9% em 2022 para 23.2% em 2024.

Conclusão
O relatório “Portugal a Brincar III 2024” sublinha a necessidade de políticas públicas que promovam o brincar e a conciliação entre trabalho e vida familiar. É essencial criar condições para que as crianças possam brincar mais tempo ao ar livre e em segurança, desenvolvendo assim competências essenciais para o seu crescimento saudável.

Nuno Ferro, presidente da SPEF, reforça a importância deste estudo: “Brincar é fundamental para o desenvolvimento integral das crianças. Este relatório é um alerta para todos nós, pais, educadores e decisores políticos, sobre a urgência de valorizar e promover o brincar no quotidiano das nossas crianças.”

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